Até onde vai o humor
Desde que me entendo por gente, ouço piadas, de todas as formas. Piada de negros, japoneses, gays, loiras, mulheres, casamentos... Entre outros assuntos que parecem ser motivos para umas boas gargalhadas. Aprendi que piadas são piadas. São interpretas com humor, sarcásticos, mas nem por isso deixa de ser uma piada.
Há um tempo, houve uma revolta sobre um comediante, Rafinha Bastos,julgado por suas piadas, serem ofensivas. Em seu dvd lançado em 2011, “A arte do insulto”, ele aborda temas, “polêmicos”, para aqueles que julgam as suas piadas ao “pé da letra”. Umas das piadas do comediante foram estas: “Porque que idoso tem fila preferencial no banco? Se ele não tem motivo para ter pressa? Precisa voltar correndo pro bingo? Vai perder o campeonato de dominó, tiozão?”
"As pessoas na cadeira de rodas. Ah, fila preferencial! Haha adivinha amigo, você é o único que tá sentado. Espera quieto! Cala essa boca"
Piadas que fizeram o público cair na gargalhada, um sucesso, já que o real intuito de uma piada é fazer todos rirem. Mas para alguns, essas piadas são consideradas sem limites, um crime e um preconceito. Mas para os que estavam ali sentados, foi apenas uma piada.
Talvez o mesmo tipo de piada, que as mulheres que vão aos stand-up comedy tendem a escutar, e até rir, quando falam “mulher no volante é perigo constante” ou quando falam que “mulher não sabe cumprir horário”. E as loiras ali presente que sempre escutam “loiras burras”, “tinha que ser loira”. Pode ser uma piada sem graça. Mas, o máximo que ela consegue é não atingir o riso esperado, e a falta de palmas, mas não chegam a ser