TRABALHO VIRTUDE- HUMOR
Humor, você já tentou pesquisar a definição para essa virtude na internet? Já adianto que essa é uma tarefa difícil, porque eu a acha difícil? Simples, apenas no Google se você pesquisar a definição de humor você achara 631.000 lugares diferentes para estudar essa definição. Porém, graças ao filósofo Comte-Sponville não precisamos de nos darmos a esse trabalho, em “Pequenos tratados das grandes virtudes”, ele nos apresenta essa definição muito bem elaborada através de seu pensamento e dos pensamentos de diversos outros ‘pensadores’, entre eles, Freud, Montaigne, Desproges, Woody, entre outros. Comte para nos facilitar o pensamento resume os exemplos desses pensadores fazendo uma certeira distinção entre humor e ironia, deixando bem claro que ambas são diferentes, em suas próprias palavras: A ironia é zombaria, é maldade, é destruição, jamais virtuoso. Útil? Desde que usado para o inimigo certo toda arma pode ser útil, mas jamais uma virtude. Por que não é uma virtude? Porque se leva sempre a sério, é o riso daquele que se põe acima de seu alvo, que se vê como mensageiro, do que não se mistura. O ironista está sempre a parte, ele zomba dos outros, ri do mundo, mas não de si mesmo. O ego comanda a ironia, o ego é preservado. O humorista irônico é sempre aquele que se faz mais inteligente que seu alvo, que se coloca muito acima de seu meio. Nada tem de doce, de compassivo, de virtuoso.
Por esses motivos Comte nos demonstra que a ironia não é uma virtude. Continuando em suas próprias palavras ele nos demonstra o por que do humor ser uma virtude.
Já o humor quebra o orgulho através da humildade. O humorista autêntico é parte do grotesco e do ridículo, ele é generoso por exibir tolice, nosso medo, nossa mediocridade, e ser virtuosamente parte dessa desilusão, dessa dor risonha. Isso é virtuoso, pois conjuga coragem, bondade, doçura, humildade, amor.
O humor é um luto que se vence, a ironia é um assassinato. O humor