Atualidades sobre Irã
Quase todas as obras filosóficas, científicas ou literárias dos impérios islâmicos foram escritas em (ou traduzidas para o) persa, tanto quanto em árabe. A conquista islâmica do Império Sassânida durante a primeira metade do século VII deu início a uma síntese das línguas árabe e persa. Por volta do século X, esta difusão cultural fazia antever o desaparecimento do idioma persa nativo, pois muitos escritores, cientistas e acadêmicos persas preferiam escrever na língua do Alcorão (árabe). Esta situação levou Ferdusi a redigir o Shâh Nâmâ ("livro dos reis"), o épico nacional iraniano, exclusivamente em persa, o que permitiu o forte ressurgimento da identidade nacional iraniana e é responsável, em parte, pela preservação da língua persa como língua independente.
A tradição literária iraniana é rica e variada, embora o mundo não esteja familiarizado com a poesia persa. O mais famoso dos poetas do Irã é Rumi, embora muitos iranianos considerem Saadi tão influente quanto aquele. Ambos eram praticantes do Sufismo e são citados pelos iranianos com tanta frequência quanto o Alcorão.
O cinema continua a florescer no Irã, e muitos diretores têm sido reconhecidos pelo seu trabalho. Um dos mais conhecidos cineastas é Abbas Kiarostami. Os mídia no Irã são controlada direta ou indiretamente pelo Estado e deve ser aprovada pelo Ministério da Orientação Islâmica antes de ser publicada. O Estado também controla aInternet, altamente popular junto à juventude iraniana. O Irã é hoje o quarto maior país em número de blogueiros.
A busca da justiça e da equidade sociais é um traço importante da cultura iraniana. O Cilindro de Ciro é considerado por muitos a primeira declaração de direitos humanos do mundo e