Ativos
Sua conceituação e avaliação configuram-se, talvez, como o capítulo mais importante da teoria contábil, ao lado do capítulo de receitas, despesas, perdas e ganhos. É extremamente relevante conceituar bem o ativo, em suas características básicas, para evitarmos problemas futuros com a apreciação desse ou daquele elemento especifico do ativo, desse ou daquele grupo. Muitos problemas na prática contábil brasileira derivam de aceitarmos sem discussão classificações legais, sem termos atentado para o significado intrínseco de cada ativo. As interpretações atribuídas ao grupo pendente, fruto de nossa antiga Lei das Sociedades Anônimas, eram as mais desencontradas possível. Na verdade, todo ativo, seja um imobilizado, seja um direito a receber determinada proteção por certo tempo, decorrente de um pagamento já realizado, ou um gasto ativado para amortização futura para despesa, tem características gerais comuns, independentemente de seu tipo especifico. A característica fundamental é sua capacidade de prestar serviços futuros á entidade que os têm, individual ou conjuntamente com outros ativos e fatores de produção, capazes de se transformar, direta ou indiretamente, em fluxos líquidos de entradas de caixa. Todo ativo representa, mediata ou imediatamente, direta ou indiretamente, uma promessa futura de caixa. Quando falamos indiretamente, queremos referir-nos aos ativos que não são vendidos como tais para realizarmos dinheiro, mas que contribuem para o esforço de geração de produtos que mais tarde se trans formam em disponível. Alguns ativos, como algumas despesas pagas antecipadamente e gastos ativados em pesquisa e desenvolvimento, não são capazes de gerar fluxos futuros de caixa, mas propiciam melhores condições para que a entidade, como um todo, os gere ou que poupe saídas de caixa. Na mesma categoria enquadram-se as despesas pré-operacionais a amortizar. Tais desembolsos criaram condições para toda a entidade, ao entrar em seu período operacional, poder