Atividades
Teoria do conhecimento na Idade Moderna e Contemporânea
1- Racionalismo e empirismo
Primeiramente, considero haver em nós certas noções primitivas, as quais são como originais, sob cujo padrão formamos todos os nossos outros conhecimentos. (Descartes)
De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da experiência. (Locke)
... penso não haver mais dúvida que não há princípios práticos com os quais todos os homens concordam e, portanto, nenhum é inato. (Locke)
O século XVII representa, na história do homem, a culminação de um processo em que se subverteu a imagem que ele tinha de si próprio e do mundo. A emergência da nova classe dos burgueses determina a produção de uma nova realidade cultural, a ciência física, que se exprime matematicamente. A atividade filosófica, a partir daí, reinicia um novo trajeto: ela se desdobra como uma reflexão cujo pano de fundo é a existência dessa ciência. A revolução científica determinou a quebra do modelo de inteligibilidade apresentado pelo aristotelismo, o que provocou, nos novos pensadores, o receio de enganar-se novamente. A procura da maneira de evitar o erro faz surgir a principal característica do pensamento moderno: a questão do método. Essa preocupação centraliza as reflexões não apenas no conhecimento do ser (metafísica), mas sobretudo no problema do conhecimento (teoria do conhecimento ou epistemologia). Podemos dizer que até então a filosofia tem uma atitude realista, no sentido de não colocar em questão a existência do objeto, a realidade do mundo. A Idade Moderna inverte o pólo de atenção, centralizando no sujeito a questão do conhecimento. Como já vimos, se o pensamento que o sujeito tem do objeto concorda com o objeto, dá-se o conhecimento. Mas qual é o critério para se ter certeza de que o pensamento concorda com o objeto? Isto é, "um dos problemas que a teoria do