Atividades
1.
Considerações iniciais
É notória a crise por que passa o ensino em nosso país. Ensino que não corresponde às expectativas dos alunos, da sociedade nem dos professores. Os alunos queixam-se do distanciamento entre conteúdos ensinados e a vida prática; a sociedade endossa as queixas dos primeiros, uma vez que necessita de mão de obra especializada e preparada para trabalhar com as novas tecnologias; os professores, conscientes dessas novas demandas, nem sempre conseguem “atrair” o interesse dos alunos para suas aulas. Há ainda um agravante em relação a essa situação: apesar de todo o desenvolvimento tecnológico alcançado pela sociedade, o ensino ainda se dá, nos mesmos moldes tradicionais de um ou dois séculos atrás. Em relação ao ensino de língua portuguesa, a situação pouco difere do que foi anteriormente exposto. Professores se queixam de que é cada vez mais difícil ensinar a alunos desmotivados, desinteressados, que consideram o conteúdo apresentado distante de sua realidade e de suas necessidades. Outro fator age como complicador dessa situação: a distância existente entre a língua falada em casa, nas ruas, ouvida na televisão e no rádio e a ensinada na escola mostra-se um grande obstáculo para esses alunos. Isso só vem a reforçar o importante papel exercido pela escola no ensino da língua-padrão: é ela a responsável por proporcionar esse acesso, oferecendo aos alunos meios de inclusão social. Em vista desse panorama nada alentador, mudanças vêm sendo implementadas a fim de despertar o interesse dos educandos, aproximando o ensino de língua portuguesa da realidade. Passou-se a incluir a leitura de textos de diferentes gêneros textuais, muitos deles próximos da realidade do aluno (histórias em quadrinhos, bilhetes, cartas, letras de música, piadas) com vistas a modificar sua relação
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