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A Sociologia geralmente define o poder como a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira. o Estado tem um papel de organização em relação à burguesia, ou outras frações da classe dominante, e instaura esses classes como classes dominantes. E isso só é possível porque o Estado tem uma autonomia relativa em relação a esses blocos de poder. A idéia de separação entre sociedade e Estado dominou pormuito tempo e prejudicou a compreensão de que o Estado é umaorganização encarregada de determinadas funções.
Marx, Durkheime, Weber,os três autores clássicos da Sociologia, tiveram, cada uma seu modo,uma vida política intensa e fizeram reflexões importantes sobre o Estado e a democracia de seu tempo.
Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883)Tendo escrito sobre as questões que envolvem o Estado num período em que o capitalismo ainda estava em formação, Marx não formulou uma teoria específica sobre o Estado e o poder. Num primeiro momento, ele se aproximou da concepção anarquista, definindo o Estado como uma entidade abstrata, em contradição com a sociedade. Seria uma comunidade ilusória, que procuraria conciliar os interesses de todos, mas principalmente daqueles que dominavam economicamente a sociedade. Nos livros escritos entre 1848 e 1852, “As lutas de classe na França” e “O dezoito brumário de Luís Bonaparte”, analisando uma situação histórica específica, Marx declara que o Estado nasceu para refrear os antagonismos de classe, e, por isso, é o Estado da classe dominante. Mas existem momentos em que a luta de classes é equilibrada e o Estado se apresenta com independência entre as classes em conflito, como se fosse um mediador.
Analisando a burocracia estatal, Marx afirma que o Estado pode estar acima da luta de classes, separado da sociedade, como se fosse autônomo. É nesse sentido que pode haver um poder que não seja exercido diretamente pela burguesia. Mesmo