ATIVIDADE
1ª SÉRIE E. M.
1) O trecho do texto a seguir foi retirado de um livro que explica as etapas da pesquisa do historiador. Leia-o com atenção e responda às questões propostas.
Esta cena já apareceu em muitos filmes. A testemunha na tribuna, olhando fixamente para o acusado: “Foi ele! Eu vi com meus próprios olhos!”. Ninguém duvida da boa vontade da testemunha, mas... podemos confiar nela?
As pessoas que presenciam um fato qualquer – o roubo de um banco, por exemplo – nem sempre coincidem ao relatar um ocorrido. Uma testemunha declara que os ladrões eram dois homens e uma mulher; outra acha que eram três homens. Essas oposições podem ser atribuídas a erros de observação, que vão aumentando se a testemunha demorar a declarar ou narrar o que aconteceu.
Em outros casos, os preconceitos das testemunhas podem alterar a visão dos fatos. Se um árbitro anula um gol em uma partida de futebol, a razão que motivou a decisão arbitral é vista de formas diferentes pelos torcedores de um ou outro time.
Outras vezes, um mesmo acontecimento é apresentado à opinião pública de forma deliberadamente diferente em vários jornais, o que pode ser explicado pelas diferentes ideologias dos meios de comunicação, que os levam a “manipular” a notícia.
Estas três distorções da realidade estão claramente presentes na reconstrução da vida de pessoas e de acontecimentos do passado e, por isso, o historiador tem que analisar, com suma cautela, os diferentes tipos de provas de que dispõe.
Não é raro que as fontes [...] ofereçam opiniões ou juízos de valor contraditórios sobre o mesmo acontecimento ou a mesma pessoa. A explicação é que um autor pode ter erros de observação, preconceitos ou ideologias determinadas. E, às vezes, depois de analisar todas as provas, o historiador não encontra razões suficientes para extrair conclusões seguras.
GRINBERG, Keila. Oficinas de História, projeto curricular de Ciências Sociais e de História. Belo Horizonte: Dimensão,