Atividade
Ele esteve no Brasil para divulgar o novo trabalho, e lançou-o na Casa do Saber, no Rio de Janeiro, em março, onde também falou com exclusividade ao SaraivaConteúdo. O autor, entre outros, de A dança do universo e de O fim da Terra e do céu, ambos vencedores do Prêmio Jabuti, afirmou que é preciso mudar a perspectiva com que medimos o mundo. "Estamos fazendo metafísica ao projetar na natureza a necessidade histórica de se encontrar respostas precisas, a ordem que queremos para nós mesmos. As simetrias não existem, são aproximações para enxergarmos o mundo. Precisamos da assimetria, das imperfeições", disse, fazendo uma analogia com as artes no início do século XX, como a música atonal, o expressionismo e o cubismo.
"Não é só a busca por uma teoria que unifica todas as coisas que não faz sentido. Muito mais séria é a busca por uma teoria final, que, basicamente, afirma que nós, seres humanos, podemos, com a nossa razão, entender tudo sobre a realidade da natureza, sobre o mundo natural. Eu acho que essa postura é filosoficamente errada", aponta. E uma das razões seria a falta de instrumentos para medir toda a natureza.
Ele também procurou traduzir - afinal, para divulgar a ciência é preciso transpor sua complexidade através de metáforas e analogias - qual o objetivo do LHC, grande colisor de hádrons,