Atividade sobre cultura de massa
A partir da exposição em sala de aula e da leitura do trecho do livro Sociologia do Turismo do autor Krippendorf, discorra uma redação (mínimo 25 linhas) expressando uma reflexão crítica sobre a relação entre trocas culturais e a atividade turística.
O ENCONTRO ENTRE VIAJANTES E VIAJADOS
“A comunicação com vocês, turistas, é uma questão e tanto. Quando vocês chegam à nossa ilha, ficam entre si e não tentam estabelecer relações conosco. Bem, relações, talvez fosse exigir muito. Bastariam algumas palavras, não é o que procura a maioria das pessoas? Para ter amigos, devemos falar com os outros, mas parece que vocês não têm esta necessidade” . Trecho da reação de Erwin Harris, estudante de 14 anos, de Antigua, nas Caraíbas. Um encontro digno deste nome deveria ser marca de interesse humano, e não material, no que diz respeito ao próximo, e de um anseio de compreensão e respeito mútuo. Mas as condições nas quais se desenvolve o turismo moderno não chegam a favorecer o desabrochar de atitudes deste tipo, que seja deu um lado ou de outro. Os obstáculos são imensos e quase insuperáveis. Na descrição do turismo que traçamos, assistimos, quase que a cada passo, a fenômenos que comprometem qualquer oportunidade de encontro.
COMPREENSÃO ENTRE OS POVOS?
Eis o que, no início dos anos sessenta, escrevia um eminente pesquisador em turismo: “o turismo se tornou o primeiro instrumento da compreensão entre os povos”. Ele permite o encontro de seres humanos que habitam nas regiões mais afastadas e são de línguas, raças, religiões, orientação política e posição econômica muito diferentes. Ele os reúne. É graças a ele, em grande parte, que estes seres humanos conseguem estabelecer um diálogo entre si, compreender a mentalidade do outro, que, de longe, lhe parece tão estranho, preenchendo, dessa forma, o fosso que os separa. Como a preocupação central do turismo é o ser humano, e não a economia, ele constitui um dos principais fatores de aproximação