Atividade Licenciatura UNOPAR
No final da década de 70, um grupo de filósofos e pedagogos passa a rever a nossa educação, iniciando uma teoria que se encontra ainda em processo de formulação. Recebeu diversas denominações, entre as quais, pedagogia crítico-social dos conteúdos, pedagogia dialética e, finalmente, pedagogia histórico-crítica.
Os principais representantes da tendência são o seu iniciador, Dermeval Saviani (1944) e ainda José Carlos Libâneo, Guiomar Namo de Mello, Carlos Roberto Jamil Cury e outros.
Apóiam-se no materialismo dialético de Marx, Makarenko E Gramsci, na teoria progressista de Georges Snders e também em Bernard Charlot e Bodan Suchodolski.
Atentos à ação educacional concreta, reelaboram essas influências analisando a realidade brasileira. Estudioso da LDB de 61, Dermeval Saviani publicou, em 1973, Educação brasileira; estrutura e sistema. Neste trabalho conclui pela inexistência de um sistema educacional brasileiro, uma vez que nossas leis não resultam de intencionalidade e planejamento, deixando prevalecer a importação e improvisação de teorias. Por isso não podemos falar propriamente em sistema, mas apenas em estrutura, com as incoerências internas e externas que tornam as nossas leis inadequadas à realidade brasileira e portanto inoperantes, incapazes de propiciar as transformações de que tanto necessitamos.
A tarefa da pedagogia histórico-crítica se insere na tentativa de reverter o quadro de desorganização que torna uma escola excludente, com altos índices de analfabetismo, evasão, repetência e, portanto, seletividade.
APROPRIAÇÃO DO SABER ELABORADO
Os teóricos da pedagogia histórico-crítica, influenciados pela dialética marxista, consideram que não há uma natureza humana dada de uma vez por todas, porque o homem se constrói pelo trabalho, inserido na cultura em que vive. Ora, todo trabalho tem como resultado um produto material, que ao mesmo tempo exige uma produção de saber. Ou seja, o fazer não se separa da