Ateísmo
Em contrapartida a essas especulações, a filosofia schopenhaueriana mantém-se firme no terreno da experiência possível, fundamentando suas teses nos fatos da experiência interna e externa, sem ultrapassá-las. Conforme Cartwright, Schopenhauer recursa “a ideia de um absoluto e qualquer termo que pretenda se referir a algum final, infinito, incondicionado, necessário, ou ser primordial, bem como qualquer termo utilizado para designar algo que sirva como fundamento do mundo” (CARTWRIGHT, 2005, p.1). Desta maneira, Schopenhauer eleva-se frontalmente contra o teísmo, posicionando-se como um adversário explícito e determinado de qualquer fé em Deus.
A relação de Schopenhauer com o teísmo não é algo simples de se abordar; aliás, a relação do filósofo com as ‘religiões, constitui um embate e, nesse sentido, talvez seja preciso abrir uma exceção, o budismo como veremos.
Todavia, antes de investigarmos esse posicionamento radical faz-se necessário situar a religião em sua doutrina. Com efeito, pretendemos analisar esse posicionamento a partir da