aterramento
ELÉTRICO
Alexandre Capelli
1 – INTRODUÇÃO
O aterramento elétrico, com certeza, é um assunto que gera um número enorme de dúvidas quanto às normas e procedimentos no que se refere ao ambiente elétrico industrial. Muitas vezes, o desconhecimento das técnicas para realizar um aterramento eficiente, ocasiona a queima de equipamentos, ou pior, o choque elétrico nos operadores desses equipamentos.
Mas o que é o “terra”? Qual a diferença entre terra, neutro, e massa?
Quais são as normas que devo seguir para garantir um bom aterramento ?
Bem, esses são os tópicos que este artigo tentará esclarecer. É fato que o assunto "aterramento" é bastante vasto e complexo, porém, demonstraremos algumas regras básicas.
2 – PARA QUE SERVE O
ATERRAMENTO ELÉTRICO ?
Veremos, mais adiante, que existem várias outras funções para o aterramento elétrico, até mesmo para eliminação de EMI , porém essas três acima são as mais fundamentais.
3 – DEFINIÇÕES : TERRA,
NEUTRO, E MASSA.
Antes de falarmos sobre os tipos de aterramento, devemos esclarecer
(de uma vez por todas !) o que é terra, neutro, e massa.
Na figura 1 temos um exemplo da ligação de um PC à rede elétrica, que possui duas fases (+110 VCA, - 110
VCA), e um neutro.
Essa alimentação é fornecida pela concessionária de energia elétrica, que somente liga a caixa de entrada ao poste externo se houver uma haste de aterramento padrão dentro do ambiente do usuário. Além disso, a concessionária também exige dois disjuntores de proteção.
Teoricamente, o terminal neutro da concessionária deve ter potencial igual a zero volt. Porém, devido ao desbalanceamento nas fases do transformador de distribuição, é comum esse terminal tender a assumir potenciais diferentes de zero.
O desbalanceamento de fases ocorre quando temos consumidores com necessidades de potências muito distintas, ligadas em um mesmo link.
Por exemplo, um transformador alimenta, em um setor seu, uma residência comum, e