História No mundo intelectual do Ocidente o fenômeno da difusão da descrença em Deus possui uma longa e distinta história. Filósofos da antiguidade, como Lucrécio, eram descrentes. Mesmo na Idade Média (do V ao XV século) havia correntes de pensamento que questionavam as assunções teístas, incluindo o ceticismo — doutrina que alega a impossibilidade de se alcançar o “verdadeiro conhecimento” — e o naturalismo — crença de que apenas forças naturais governam o mundo. Vários pensadores iluministas (1700-1789) eram ateus militantes, incluindo o escritor dinamarquês Baron Holbach e o enciclopedista francês Denis Diderot. Expressões de descrença são também encontradas em clássicos da literatura ocidental, incluindo os escritos de poetas ingleses como Percy Shelley e Lord Byron; do novelista inglês Thomas Hardy; de filósofos franceses como Voltaire e Jean-Paul Sartre; do autor russo Ivan Turgenev e de escritores americanos como Mark Twain e Upton Sinclair. Os ateus e críticos de religião mais articulados e conhecidos do século XIX são os filósofos alemães Ludwig Feuerbach, Karl Marx, Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche. O filósofo britânico Bertrand Russel, o psicanalista austríaco Sigmund Freud e Sartre estão entre os ateus mais influentes do século XX. Motivos para Rejeitar Deus Críticas ao Teísmo Ateus justificam suas posições filosóficas de várias maneiras. Ateus “passivos” tentam fundamentar sua posição através da refutação dos argumentos em favor da existência de Deus, como o ontológico, o da causa primeira, o do design inteligente e o da experiência religiosa. Outros argumentam que qualquer afirmação sobre Deus é vazia, pois atributos como “onisciência” e “onipotência” são incompreensíveis à mente humana. Os que professam o ateísmo “ativo”, em contrapartida, defendem sua posição argumentando que o conceito de Deus é inconsistente. Eles questionam, por exemplo, como um Deus “todo-sabedoria” pode ser ao mesmo tempo “todo-bondade” e como um Deus