ataques de tubarões pe-recife e por que isso acontece
A área litorânea de estuário ocupada pelo porto de Suape era uma zona de procriação da espécie de tubarão cabeça-chata. “Com o porto, os tubarões não puderam entrar na região estuarina e acredita-se que se deslocaram para a foz do rio Jaboatão (que desemboca nas praias de Recife). Já o tubarão-tigre acompanha as embarcações, eles vêm até o porto de Suape e seguem as correntes marinhas do sul para o norte”, explicou.
Existe ainda um fator de ordem natural, um canal de areia se estende no mar de Suape até a praia do Pina, uma depressão no assoalho oceânico com profundidade de 5 a 7 metros. “É um facilitador de circulação de animais de grande porte e o canal chega bem perto da praia”, comentou Carvalho.
Não é à toa que as ocorrências de ataques envolvem especialmente essas duas espécies. Enquanto o cabeça-chata se adapta à baixa salinidade e se aproxima da região estuarina para procriação, o tubarão-tigre é mais migratório, também se aproxima da costa para procriar e se adapta mais facilmente na água turva em razão da poluição.
Carvalho admite, contudo, não ser fácil identificar qual espécie responsável por cada caso. Dos até hoje 59 registrados em vinte anos, foi possível descobrir a espécie em apenas oito – sete se referiam ao tubarão cabeça-chata e um caso do tubarão-tigre. “É difícil identificar a espécie de tubarão, só quando ele é visualizado ou quando se consegue resgatar um dente. O tubarão ataca em função de uma confusão, ele confunde o ser humano com uma presa de seu habitat. As vezes ele faz uma