Astronomia Árabe
Introdução
Na Grécia, com os filósofos pré-socráticos e seu afã de explicar o mundo em todos os seus aspectos, foram criadas imaginativas explicações teóricas sobre os corpos celestes. O exame dos fragmentos sobreviventes indica que esses intelectuais tinham grande interesse pela Astronomia e podem ter sido os primeiros astrônomos da Grécia, pelo menos em relação a teorias sobre a mecânica celeste.
A maior contribuição dos gregos foi, porém, o desenvolvimento de sistemas racionais para descrever o movimento aparente dos corpos celestes e a elaboração de modelos da estrutura do Universo. Eudoxo de Cnido (-400/-347) foi o primeiro a usar a geometria para descrever o movimento dos astros e Aristóteles e Hipócrates de Quios (-470/-410) especularam sobre a estrutura dos cometas.
O modelo de Universo mais aceito na Antiguidade (e também na Idade Média), o sistema geocêntrico, foi imaginado e desenvolvido pelos pensadores gregos. Nessa concepção, a Terra era considerada o centro do Universo conhecido. Foram também os gregos os primeiros a imaginar o sistema heliocêntrico, que posteriormente se comprovou ser o sistema correto.
Convém esclarecer, finalmente, que todos os astrônomos antigos, inclusive os gregos, limitavam-se a tirar suas conclusões a partir da observação de fenômenos celestes visíveis a olho nu.
Astronomia Árabe na Idade Média
Antes de chegar aos árabes, a filosofia grega passou pela Índia. Esta transmissão de conhecimentos dos gregos para os indianos possivelmente já ocorria desde o final do período grego antigo.
Na história da astronomia, a astronomia islâmica ou astronomia árabe referem-se aos desenvolvimentos na astronomia realizados no mundo islâmico, particularmente durante a Idade do Ouro Islâmica (entre os séculos VIII e XIII), e escritas em sua maior parte em árabe.
No início, a Astronomia islâmica teve como suporte a Astronomia persa e indiana, mas por volta do século IX já incorporava a Astronomia grega clássica, em particular