ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PARTO HUMANIZADO
Elaine Cristina de Ávila do Nascimento
Natália Silva Rodrigues
Nívea Campos Barroso
Georgia Maria Viana Brasileiro
Historicamente, a assistência ao parto era de responsabilidade exclusivamente feminina, pois apenas as parteiras realizavam essa prática. Elas detinham o saber empírico. Assim, os partos se sucediam nas residências das parturientes. Entretanto, a partir do século XX, na década de 40, foi intensificada a hospitalização do parto, que permitiu a medicalização e controle do período gravídico puerperal. O parto deixou de ser um ato fisiológico, privativo e familiar passando a ser vivenciado como ato patológico, em instituições de saúde com a presença de vários atores conduzindo este período. Esse fato interferiu na subjetividade da mulher, na vivência da experiência de parir. Favorecendo a submissão da mulher que deixou de ser protagonista do processo de parturição. Atualmente o modelo de assistência obstétrica no Brasil é caracterizado por excesso de intervenção no parto, potencialmente iatrogênicas, que tem contribuído para o aumento de taxas de cesáreas e a morbimortalidade materna e perinatal. O parto passou de um momento íntimo e natural para um processo cirúrgico com possíveis complicações. A partir da observação da necessidade de mudança e transformação da condição de submissão do processo de parir, tornou-se necessário o resgate desse momento único vivenciado pela mulher, assim como, o resgate do sentimento de segurança e confiança no momento de transformação de mulher para mãe, fazendo a mulher sentirse útil e participante no processo do parto com a ajuda familiar e da equipe de saúde como apoio para facilitar e auxiliar o processo do parto e no cuidado ao binômio mãe-filho com a realização de uma assistência humanizada. O trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da assistência humanizada individualizada ao parto, assim como conhecer as melhorias, conquistas e benefícios