Assistente Social
Nos últimos anos a discussão sobre a pobreza tem se evidenciado, principalmente quando se aponta o crescimento econômico como primordial para sua redução, mas em países onde as desigualdades sociais são históricas, é preciso ter clareza de que o desenvolvimento e a redução da pobreza não se resumem apenas a uma dimensão meramente econômica.
Ocorrido a partir dos anos 30, o processo de industrialização e modernização social trouxe um fragmento na sociedade onde de um lado, indivíduos detentores dos direitos sociais e de outro, pessoas sem acesso a estes. Isto pode ser visto ate nos dias atuais e cada vez mais a desigualdade reproduzindo a pobreza, pois atualmente o número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza é bem maior do que se suponha.
. De acordo com a autora, alguns estudiosos utilizam o conceito de “pobreza relativa” como sendo mais adequado para análise do nível da pobreza. Este modelo leva em consideração o padrão de vida de cada sociedade analisando a distribuição da renda e dos recursos econômicos e sociais, nos levando, a saber, quantos estão distantes de um padrão de vida médio.
Durante muito tempo no Brasil foi visto a dicotomia entre desenvolvimento econômico e politicas de inclusão social, como se fossem dissociadas da vida produtiva do país. O combate à pobreza era visto como externa às políticas sociais e a filantropia com função de encobrir o dever do Estado.
Diante destes fatos, constatamos que e existência de grandes contingentes abaixo da linha da pobreza no Brasil não será resolvida apenas com o crescimento econômico do país. Isto porque para os membros de uma sociedade apenas a obtenção de renda não expressa qualidade de vida, pois existem outras necessidades a serem atendidas fundamentais para sobrevivência populacional, como por exemplo, saneamento básico, educação,