Assistencia social
A violência contra crianças e adolescentes faz parte de uma cultura baseada em concepções de infância, adolescência, sexualidade e violência que não estão descoladas das relações econômicas, de gênero e de raça que configuram a estrutura da nossa sociedade. Embora muitas vezes se esteja diante de um indivíduo e, no máximo, de uma família, não se pode perder de vista que a violência é sempre fenômeno a ser contextualizado e considerado em sua complexidade.
A violência pode ser vista em nossa sociedade como uma forma de relação social: uma vez que está diretamente ligada à forma de relação que as pessoas produzem e reproduzem. A mesma acontece através de padrões, exclusões sociais e modos de vida, dentre outros fatores, que, no decorrer do século, foram se expondo às sociedades.
Ainda sobre esse mesmo assunto, lê-se em ESTEVES (2007) o seguinte comentário feito a partir de ADORNO (1988): a violência é um tipo de manifestação que atenta contra a possibilidade de construção de sujeitos livres na sociedade e tem por referência uma vida reduzida e alienada. A mesma autora cita ainda na íntegra, ADORNO (1988): Não há vida em sua plenitude; sendo assim, durante sua manifestação, ela preenche o espaço da liberdade, ameaça constantemente a vida e faz alusão à morte e à destruição.
Portanto, crianças submetidas a constantes violências estarão no futuro predispostas a ter problemas de relacionamentos interpessoais, dificuldades em se enquadrar no mercado de trabalho (por apresentarem temperamento