Assistencia de enfermagem ao paciente mastectomizado
INTRODUÇÃO
O câncer de mama pode ser definido como uma doença causada pelo crescimento anormal e desordenado das células que compõem os tecidos da mama, sendo considerado uma patologia temida pela maioria da população feminina, devido à associação com a mutilação física e as alterações que ocorrem no estilo de vida da mulher(1).
Destacamos que, nas últimas décadas, foi registrado um aumento de cerca de dez vezes nas taxas de incidência deste tipo de neoplasia, que aparece como o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o primeiro entre as mulheres. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima-se que cerca de 1.050.000 casos novos de câncer de mama ocorram em todo o mundo. No Brasil, não tem sido diferente, pois, de acordo com informações processadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) para 2008, 49.400 casos novos serão registrados; ou seja, há uma taxa bruta de incidência de 50,71 casos para cada 100.000 mulheres, permanecendo estável em relação ao ano anterior(2).
Sabe-se que o câncer de mama está entre as principais causas de morte por câncer nas mulheres, causando um impacto psicológico na percepção da sexualidade, imagem pessoal e autoestima, de uma maneira muito mais significativa que qualquer outro câncer. É importante destacar que a prevenção ainda é a melhor maneira de combater a doença, pois só assim a mesma adquire maiores chances de cura(3).
Outro aspecto importante a ser considerado é o tratamento, visto que, ao mesmo tempo em que trata, o câncer traz inúmeras preocupações para a paciente, nas quais estão inclusas o medo da mutilação e da morte.
Um dos métodos mais utilizados para o tratamento é a mastectomia, uma cirurgia mutiladora que visa remover todo o tumor visível e que pode ter como consequência problemas físicos e psicológicos. A resposta à mutilação é individual e pode estar relacionada a fatores como idade, autoadmiração, estado