Assim falava severino

Assim falava Severino
Canário Estralador
Éramos quatro amigos jovens, o fato ocorreu nos idos de 1981 na cidade de Arara, na Paraíba. Morávamos em Solania à 14 km da tal cidade. Nessa turma estavam: Flavio Lagateiro de 16 ANOS, Braço de radióla de 18 anos, Sergio da Silva que sou eu conhecido na época como “cabeça de ovo”, apelido herdado quando da minha do Rio de Janeiro para morar na Paraíba, por ter eu a cabeça um pouco mais oval do que meus amigos “cabeça chata”.
Éramos festeiros, curtíamos a noite, uns bailarinos, outros cantores, e tudo aconteciam entre cachacinhas e tira gostos, além de festinhas de padroeiros das cidades vizinhas. Tudo isso sem dinheiro, pois sendo todos pobres, fazíamos tudo com dificuldade, porém, tínhamos que curtir a nossa fase.
Se havia festa de padroeiro em qualquer cidade, lá estávamos nós, vestindo a melhor domingueira (roupa velha, surrada, sempre usada pras festas).
Via de regra era assim, pegávamos carona, bebíamos, fumávamos, dançávamos e namorávamos, tudo na base da pirangagem. Quando chegávamos na cidade vizinha, juntávamos nossos poucos trocados, explorávamos a “vaca” ao Maximo e bebíamos tudo o que aquele dinheiro podia pagar. Comprávamos meia carteira de cigarros “Arizona” (era o mais barato, o chamado mata rato)e, após acharmos no chão uma carteira vazia de” Hollywood” em bom estado (era o cigarro da moda para os granfinos). Jogávamos aquela meia dúzia de cigarros dentro do maço para fazer “figura”, colocando no bolso bem a mostra de forma a cruzar inveja a todos que obcervava me, diante disso curtir a nossa “onda”. O Flavio Lagateiro e eu, Éramos estudantes aplicados, o braço de Radióla, era adio mesmo, o magro Willian era o “bom vivam”, pois vivia das idas e vindas de São Paulo para a Paraíba. Trabalhava um ano La e todo o dinheiro que economizava, ele gastava em doas ou três meses nas nossas farras. Depois, arrumava condições de viajar novamente para são Paulo e tornava a fazer tudo de novo, era o mais doidão de