Assembléia Nacional na Alemanha
Onde fica "a pátria" dos alemães? Na Prússia, na Suábia? No Reno, onde floresce a videira? No Belt, onde a gaivota voa? Com perguntas semelhantes a estas, do poeta Moritz Arndt, também se depararam os integrantes da Assembleia Constituinte alemã de 1848.
O chamado Parlamento da Igreja de São Paulo (Paulskirche), em Frankfurt, reuniu-se, após os levantes revolucionários de março daquele ano, para discutir uma constituição destinada a unificar os estados da Liga Alemã. A questão central era definir as dimensões do império alemão.
Idioma e nacionalidade
Para muitos constituintes, os critérios decisivos eram o idioma e a nacionalidade. Mas era difícil delimitar um território com base na nacionalidade sem entrar em conflito com os vizinhos. Principalmente devido à partilha do território polonês entre a Prússia, a Áustria e a Rússia, em 1795. Desde então muitos cidadãos não-alemães viviam tanto na Áustria como em solo prussiano.
A 24 de julho de 1848, começou o chamado "debate sobre a Polônia" no Parlamento de Frankfurt, marcado pelo confronto entre nacional-democratas e nacional-antagonistas. No começo de maio de 1848, tropas prussianas haviam esmagado um levante polonês na província de Posen, usurpando dois terços do referido território. Com isso, o governo da Prússia quebrara uma antiga promessa de reorganizar a Polônia em nível nacional.
Soberania dos vizinhos
Os nacional-democratas, que defendiam o princípio da autonomia nacional, queriam conceder esse direito também à Polônia. Por isso, a 24 de julho de 1848, apresentaram um requerimento contra a incorporação da província de Posen (hoje Poznańska, na Polônia) à Liga Alemã. Os adversários da idéia, representados pela direita e centro-direita no Parlamento, defendiam a imposição dos interesses políticos alemães em detrimento da soberania dos povos vizinhos.
O debate sobre a legitimidade da divisão precipitada de Posen e a incorporação de parte da província ao território