1848 - França e Alemanha

1848 – França e Alemanha
O ano de 1848 foi marcado por uma onda de movimentos revolucionários de cunho liberal por toda Europa que enfraqueceram as monarquias absolutistas, consolidaram o poder político da burguesia, acentuou a oposição entre burguesia e a massa proletária e contribuiu para o florescer das nacionalidades. O texto que segue propõe-se a expor os casos da França, que foi o berço do ideário da onda revolucionária; e o caso da Alemanha, onde a influência da revolução exprimiu-se no nacionalismo e a consequente unificação do Estado Alemão.
Na França, após a queda de Napoleão, vigorava uma monarquia parlamentar tendo a sua frente o Rei Luís XVIII da dinastia dos Bourbon, cuja política atendia aos interesses da alta burguesia e da nobreza. Apesar da oposição dos grupos que queriam restaurar o absolutismo a França se encontrava relativamente estável, com a crescente da economia, da indústria, do comércio e agricultura.
Após a morte de Luís XVIII, com o apoio dos grupos conservadores assumiu o trono francês Carlos X, que adotou uma política em favorecimento ao grupo que o apoiará, restaurando antigos privilégios aristocratas. As medidas tomadas por Carlos X provocaram a reação da burguesia e das barricadas populares, e em julho de 1830 culminaram na abdicação de Carlos X, e na instauração da chamada Monarquia de Julho que teria Luis Filipi, da dinastia de Orleans como novo rei da França.
As medidas adotadas por Luis Filipi garantiram os interesses da alta burguesia, e levaram à oposição dos outros setores da burguesia e da massa dos trabalhadores contra o governo. Por meados de 1847 o declínio da economia, marcado pela crise agrícola da batata, a estagnação da indústria, do comércio e a consequente baixa dos salários do proletariado, levaram o governo à tentativa de conter o déficit, aumentando significativamente a arrecadação tributária, o que acabou por acentuar ainda mais a oposição.
Em 1848, apesar da tentativa de Luis Filipi de reprimir a