Aspectos neuropsicológicos e sociais do Alzheimer

1. INTRODUÇÃO

Entre as doenças crônico-degenerativas, a mais temida é o mal de Alzheimer. Atualmente, cerca de 10% dos indivíduos com mais de 65 anos e 40% com mais de 80 anos de idade têm essa doença. Ela é uma patologia neurodegenerativa associada à idade, caracterizada pelo declínio das funções cognitivas, como atenção, linguagem e, também, por alterações comportamentais, mas é mais conhecida pela perda progressiva das memórias recentes. Suas causas estão associadas a fatores genéticos, como o acúmulo de placas senis e substância beta-amilóide.
Muitos tratamentos medicamentosos são ministrados para a redução de alguns sintomas sofridos por quem tem Alzheimer, mas a relação e o apoio familiar são indispensáveis para o enfrentamento desta doença, pois esse tipo de demência causa grandes dificuldades no âmbito das funções físicas necessárias para o dia-a-dia, além de problemas de relacionamentos com pessoas do meio de convivência e conflitos psicossociais.
Com a crescente expectativa de vida da população mundial, verificada nos últimos anos, a Doença de Alzheimer tornou-se um sério e importante problema social e de saúde individual, em decorrência da significativa perda de produtividade desses indivíduos ocasionados pela perda de memória e outras funções cognitivas importantes para a atividade laboral e social, além dos custos diretos e indiretos que essa doença ocasiona em questão de políticas de saúde. Portanto, a atenção à novas pesquisas sobre os novos tratamentos e formas de prevenção, programas de conscientização e cuidados com quem tem essa patologia se mostram extremamente necessários.
No presente trabalho, abordaremos aspectos relacionados à doença, como as causas, sintomas, tratamentos, alterações neuropsicológicas em decorrência de alterações das funções cognitivas e o aspecto social da doença, trazendo a importância da relação da família e do cuidador para com o paciente, além da importância de se interar em pesquisas em andamento sobre a