Aspectos Geológicos da Província do Tocantins
II.1. Província Tocantins Os terrenos arqueanos são parte da Província Tocantins e compreendem as rochas mais antigas de Goiás. São representados, em parte, por rochas atribuídas por Almeida (1968) ao Complexo Basal. Atualmente, suas rochas estão agrupadas em Complexos Granito–Gnáissicos e Greenstone Belts e incluem suítes gabro dioríticas, intrusões graníticas e diques máfico-ultamáficos. A maior área de Terrenos Granito-Greenstones ocorre na porção centro-oeste de Goiás, tem forma oval irregular com eixo maior norte-sul com cerca de 250 km e menor leste-oeste de aproximados 80 km, o que totaliza cerca de 17.500 km2. Estes terrenos estão tectonicamente envoltos por rochas metavulcânicas, metassedimentares e intrusões neoproterozóicas, localmente mesoproterozóicas, e são divididos em complexos granito-gnáissicos independentes separados por greenstone belts. Também ocorrem em núcleos menores, isolados, como os complexos Serra Azul, no norte do estado, entre Porangatu e Novo Planalto, e Serra de Santa Cruz a sudoeste da cidade de Campos Verdes. A Província Estrutura Tocantins (Almeida et al, 1981) está localizada no Escudo Brasil Central da plataforma Sul Americana, abrangendo os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, e em algumas partes de Minas Gerais e Pará. A norte e a sul, a província é recoberta pelos sedimentos fanerozóicos das Bacias do Parnaíba e Paraná respectivamente. Margeando o Cráton Amazônico e desenvolveram – se a Faixa Paraguai e Araguaia, e Margeando o Cráton do São Francisco desenvolveu a Faixa Brasília.
Figura II.1.Esquema representativo de possíveis interações dos crátons, Bloco Paranapanema e faixas dobradas durante o Neoproterozóico (modificado a partir de Pimentel et al., 2001).
II.1.1. Faixa Brasília A Faixa Brasília distribui–se com extensas áreas da região Central do