Aspectos genéticos da esquizofrenia
Décadas depois, Irving Gottesmann selecionou os 40 melhores estudos em famílias, realizados entre os anos de 1920 e 1987, e calculou o risco médio de desenvolver esquizofrenia em parentes de pacientes com essa doença. A Tabela a seguir apresenta o risco para os diferentes graus de parentesco. Em 1997, Kendler e Gardner realizaram uma metanálise dos três últimos grandes estudos de famílias e concluíram haver uma forte agregação à esquizofrenia, confirmando os resultados dos trabalhos anteriores (o risco em parentes de primeiro grau é 10 vezes maior que o risco em parentes controles).
Tabela - Risco para desenvolvimento de esquizofrenia ao longo da vida em parentes de pacientes esquizofrênicos (modificado de Gottesman, 1991).
Grau de parentesco Risco para esquizofrenia (%)
Primeiro grau
Pais 6
Filhos (pais não afetados) 13
Filhos (com pai e mãe esquizofrênicos) 46
Irmãos 9
Irmãos (com um progenitor afetado) 17
Segundo grau
Meio-irmãos 6
Netos 5
Sobrinhos 4
Tios