Aspectos filosóficos do filme "o nome da rosa"

Ocimar Queiroz do Nascimento Aspectos filosóficos abordados no filme “O Nome da Rosa“. O filme “O Nome da Rosa“ apresenta as práticas da igreja durante a Idade Média. A Igreja Católica dominava o cenário religioso, detentora do poder espiritual, ela influenciava o modo de pensar e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja tinha grande poder econômico e também influenciava a cultura medieval. A ideia do bem e mal, o certo e o errado, era decidida pela igreja, que segundo consta era a vontade de Deus. Mas, como saber a vontade de Deus? Por exemplo, a questão da proibição do riso, foi decidida como algo do mal, pois o riso cessava o temor e que sem temor não haveria fé, se não houvesse temor ao demônio não precisaria haver Deus. Seria esta a vontade de Deus? Questões que envolviam política, poder e dogmas estavam sob o controle da igreja. A Santa Inquisição representava bem este controle, pois foi criada com a finalidade de punir a qualquer um que questionasse ou fosse contra os dogmas da igreja e tal punição servia para determinar seu poder sobre o povo. A inquisição censurava e perseguia qualquer ideologia que tentasse se opor ou oferecesse algum tipo de dúvida quanto aos textos da sagrada escritura, deste modo a igreja garantia seu domínio sobre a sociedade. Observa-se no filme a inquisição buscando culpados, sob acusações de bruxarias e demoníacas, para ocultar a verdade e os problemas vividos dentro do sistema imposto pela igreja. Como arma política da Igreja Católica, a inquisição fazia valer o seu poder, domínio e dogmas, censurando e recolhendo para as suas bibliotecas os livros com elevado nível intelectual e cultural, capazes de despertar o questionamento social e religioso da sociedade. A biblioteca aparece com a representatividade do reservatório do saber, onde se encontram livros com leitura proibida, pois poderiam trazer uma nova interpretação da verdade de Deus, mostrando assim o poder da igreja sobre o povo. E esse grandioso poder chega ao