Aspectos da energia nuclear
1.1- O INÍCIO DA ERA NUCLEAR E A DESCOBERTA DA RADIOATIVIDADE
A era nuclear começou no final do século XIX, tendo em vista o descobrimento dos primeiros fenômenos radioativos, e assustou o mundo com as explosões atômicas em território japonês há 68 anos, quando a Segunda Guerra Mundial se encaminhava para o seu término.
Com o surgimento da radioatividade, a matéria entrou em uma nova fase de compreensão. O átomo, que até o final do século XIX era considerado indivisível, apresentou-se ser constituído por partículas ainda menores. Conseguiu-se atingir o próprio núcleo atômico, vindo a transformar um elemento químico em outro, feito bastante almejado pelos alquimistas.
Diversas descobertas, no tocante a estrutura atômica, aconteceram no decorrer dos séculos XIX e XX. O modelo de Dalton, proposto no início do século XIX, imaginava ser o átomo uma bolinha maciça e indivisível.
No entanto, FELTRE (2004, VOL 2) relata que no início do século XX, após a descoberta das partículas subatômicas (elétron, próton e nêutron), entrou em evidência o modelo atômico de Rutherford-Bohr, o qual será analisado adiante.
Supramencionado autor, trás interessante dados cronológicos acerca do desenvolvimento histórico das explicações sobre a estrutura atômica. Em 1875, o inglês William Crookes fez experimentos com descargas elétricas em gases, em pressões baixíssimas, descobrindo os raios catódicos, os quais levaram a consequente descoberta dos elétrons.
Passados vinte anos, em 1895, o alemão Wilhelm Konrad Roentgen introduziu modificações na ampola de Crookes e produziu os raios X. Verificou ainda, que esses raios tornavam fluorescentes ou fosforescentes certas substâncias.
No ano subsequente, em 1896, o cientista francês Henri Becquerel descobriu que o elemento químico urânio emitia substâncias muito semelhantes aos raios X, era a descoberta da radioatividade.
Posteriormente, o casal Curie descobriu radioatividade ainda mais