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Apesar de seu uso corriqueiro, a maioria das pessoas encontra dificuldades em expressar o significado da palavra “política”, sendo que as definições apresentadas pelos especialistas contribuem ainda mais para aumentar a confusão, em virtude de muitas vezes mostrarem-se conflitantes, o que dificulta grandemente o entendimento do termo. Apesar de todas essas contradições, torna-se necessário, entretanto, sair do senso comum e abordar o assunto de forma mais estruturada e científica, de modo a melhorar sua compreensão no contexto das organizações de trabalho, o que vem ocorrendo por meio do estudo do construto “políticas organizacionais”.
Uma das primeiras abordagens a esse fenômeno foi realizada por BURNS (1961, citado por KACMAR & BARON, 1999), ao considerar político “o uso do comportamento alheio como recurso em situações competitivas” (p. 39). Desde então, várias foram as definições oferecidas para a expressão políticas organizacionais.
Nesse sentido, KACMAR E BARON (1999) afirmam que as políticas organizacionais constituem “ações individuais dirigidas para as próprias metas sem considerar o bem-estar dos outros” (p. 4). Tal definição desloca a visão de um super-homem fictício e com elevados ideais para a de um ser humano com qualidades e defeitos (e possivelmente muito mais defeitos) que, mesmo assim, é capaz de influenciar o destino de uma organização inteira.
De acordo com VRENDENBURGH e MAURER (1984), as políticas organizacionais:
(a) são empreendimentos de indivíduos ou grupos de interesse destinados a influenciar, direta ou indiretamente, outros indivíduos, regras ou grupos, de modo a atender seus objetivos pessoais, geralmente em oposição aos objetivos dos demais; (b) consistem em quaisquer objetivos ou meios não sancionados positivamente pela organização formal, mas sancionados positivamente pelas normas extra-oficiais, e (c) envolvem tanto eventos reais da organização quanto as percepções dos mesmos.
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