as águas da chuva e a cidade

AS ÁGUAS DA CHUVA E AS CIDADES

O crescimento populacional desordenado e o inchaço nas capitais brasileiras trouxe à estas cidades alguns problemas urbanos. As condições climáticas pré-existentes devem ser consideradas no planejamento urbano. O ciclo das chuvas deve ser estudado para a construção de uma cidade que respeite esta condição. As áreas verdes são de profunda importância na qualidade ambiental das cidades pois proporcionam o equilíbrio entre ambiente natural e ambiente modificado. Ao ocupar o ambiente natural para construção de cidades, a sociedade modifica todo um espaço composto de solo, coberturas vegetais, cursos d’água naturais e nascentes. Esta interferência gera consequências drásticas a longo prazo, dependendo do grau de modificação realizada. O assoreamento de rios e lagos pode causar alterações no ciclo hidrológico, assim como o excesso de impermeabilização do solo. Tais modificações diminuem os índices de absorção da água pluvial como a infiltração rasa e a infiltração profunda e, aumentam os índices de escoamento e evapotranspiração. O excesso de lixo e entulhos lançados nos rios assoareados e vias públicas ainda agravam o problema do escoamento das águas. O aquecimento provocado pelo adensamento de áreas construídas, denominado ilhas de calor, proporciona maior evapotranspiração, causando o aumento pluviométrico. Para solucionar esta sobrecarga, deve-se investir em sistemas de captação de águas pluviais mais eficientes que suportem esse volume excedente. Outra opção é aumentar o índice de absorção da água que pode ser feito utilizando recursos combinados como criação de biovaletas, canteiros centrais, ampliação dos parques e áreas arborizadas entre outros. Como solução aos problemas de infraestrutura, atualmente discute-se para a cidade de São Paulo, a questão da taxa de permeabilidade por lote já que a porcentagem de escoamento de águas de chuva acontece em torno de 80%, quando deveria ser de 20%. Álvaro