As universidades na Idade Média
As universidades, além da função de formar pessoas aptas para o mercado de trabalho, também têm papel na formação de pessoas críticas em relação a diversos temas da sociedade, como na política, cultura e economia. Durante a Idade Média, a maioria das pessoas não tinha acesso às instituições educacionais e por isso existia uma grande quantidade de analfabetos.
As Universidades representavam o forte poder da Igreja Católica que controlava diretamente a publicação de ideias sobre a humanidade. A produção de conhecimento era filtrada pelos padres católicos, com a preocupação de manter a hegemonia religiosa. Uma maneira de controle do clero perante a sociedade foi a junção, por exemplo, da razão com a fé. O período conhecido de patrística e escolástica foram alternativas criadas por padres como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino na busca para legitimar a existência de Deus por meio também da filosofia.
A partir do final do século XII, começaram a surgir em diversas cidades europeias as primeiras universidades que eram controladas diretamente pela Igreja Católica. Em relação aos cursos, um dos principais era o de Teologia, entretanto, havia também cursos como o de Direito e Medicina. Entre essas primeiras universidades, destacam-se Salermo, Paris, Oxford, Cambridge, Montpellier, Salamanca, Nápoles, Roma e Coimbra.
Essas primeiras universidades, além da influência católica, eram frequentadas somente por pessoas que possuíam condições econômicas. Portanto, o seu acesso não era tão democrático como as universidades dos dias atuais. Outra caraterística era a falta de autonomia em relação à publicação de ideias que poderiam não agradar os membros do clero, que fiscalizavam a produção intelectual. Foi somente a partir do período conhecido por Renascimento, em meados do século XV e XVI, que os intelectuais