AS TREVAS A LUZ
20. Idade Média
Os limites desse período são fixados entre o ano de 476 (queda do Império Romano do Ocidente), e 1453 (queda de Constantinopla, tomada pelos turcos otomanos).
20.1. Aspectos Gerais
Esse sistema revela a própria estrutura medieval. É o modo de produção feudal, que se consolida progressivamente, vinculando as pessoas a um novo método de desenvolvimento da economia. Derrotado o Império Romano do Ocidente, com a solidificação do catolicismo, o escravismo vai perdendo terreno, ao passo que o homem, retornando ao campo, começa a extrair da terra a sua subsistência. A escassez da moeda obrigou os monarcas a pagar com terras os serviços e as proteções que recebia, propiciando o surgimento de alguns latifúndios, e o decréscimo do poder real, paulatinamente, transferindo-se para os senhores feudais.
Autorizados a cobrar impostos e administrar as glebas, obtiveram, por fim, o reconhecimento de que as terras recebidas poderiam ser transferidas por herança.
Os povos bárbaros, de origem germânica, influenciaram na adoção desse sistema.
Após o século X o feudalismo iniciou seu desaparecimento da história até o século XV. A vassalagem é o componente pessoal do sistema, enquanto o feudo, vitalício e hereditário, é o elemento real.
O senhor feudal era tão mais poderoso quanto mais terras possuísse. Chamava-se suserano aquele nobre que concedia pedaços de terra para alguns vassalos, mantendo a estrutura de dominação.
O processo de constituição de feudo (contrato de enfeudação) se dava, exclusivamente, entre integrantes da nobreza, ou destes com os monarcas ou com os membros do alto clero mediante cerimonia composta de investidura e de homenagem.
Desenvolvia-se a exploração da agricultura com métodos rudimentares e as corveias proliferavam. Cobravam-se as talhas, as banalidades, as capitações, as mãos-mortas, as formariages...
Entretanto, com a partilha de lotes de terra cada vez mais constantes, o