As riquezas do conhecimento
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Convém recordar a diferença que existe entre quem sabe e quem ignora, colocados ambos ante qualquer circunstância em que se faça necessário tomar uma decisão ou optar por essa ou aquela conduta a seguir. O primeiro aplaina as dificuldades, e o resultado feliz de sua intervenção não se faz esperar; o segundo multiplica os obstáculos e complica de tal forma a situação já crítica, que, seja qual for a atitude que adote, sempre será equivocada – salvo em casos excepcionais –, e as consequências tampouco se farão esperar. As vantagens, pois, de quem sabe sobre quem ignora são indiscutíveis e de um valor extraordinário. O conhecimento outorga ao homem os dons que a ignorância lhe nega
É necessário que o homem, por exigência imperiosa de seu espírito e por sua condição de ente racional e inteligente, não seja estranho ao mundo que o rodeia, nem permaneça alheio às palpitações da vida que respira. Em resumo, necessita abastecer-se de conhecimentos para não fraquejar na árdua jornada que deve empreender e na não menos complicada obra que tem de realizar em si mesmo, se quiser alcançar e desfrutar os mais apreciados bens que a Criação, com sua maravilhosa natureza, põe à disposição de todo aquele que consiga se fazer credor de tão sublime prêmio. As riquezas do conhecimento são tão incalculáveis, tão inesgotáveis, que as maiores fortunas econômicas não poderiam ser comparadas em valor a elas. As fortunas materiais podem ser gastas e se extinguirem, as do conhecimento são eternas. O saber protege a pessoa contra os males da adversidade e estende essa proteção a todos os que se colocam ao amparo de quem o possui. O conhecimento outorga ao homem os dons que a ignorância lhe nega, e convém não esquecer quão inconveniente é a postura daquele que, por ignorância, se põe a negar ou afirmar temerariamente, sem a menor reflexão. Ao vermos essa juventude que protesta contra as