As Revoltas do Período Regencial
Balaiada
A Balaiada foi uma revolução ocorrida no Maranhão entre os anos de 1838 e 1840.
A revolução tomou o nome de Balaiada, porque Balaio era o apelido de um de seus principais líderes, Francisco dos Anjos Ferreira. Ele era um fabricante de balaios, e fora vítima da violência policial, que havia violentado duas de suas filhas, sem que houvesse punição nenhuma. Em desejo de vingança, ele se tornou um vingador sanguinário e feroz, e, com seu bando, aterrorizou o interior maranhense, matando, violentando e devastando.
O estopim da revolta foi a detenção do irmão do vaqueiro Raimundo Gomes, acusado pelo subprefeito da Vila da Manga 1, José Egito, um cabano. No dia 13 de dezembro de 1838, Raimundo Gomes, com nove outros cabras, invadiu o edifício da cadeia pública da povoação e libertou-o, reforçando seu grupo com os prisioneiros soltos e vinte e dois soldados encarregados da segurança policial da Vila.
Raimundo Gomes conseguiu o apoio de Lívio Pedro Moura, Mulungueta, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira e do Balaio, o que deu nome ao movimento.
Os revoltosos, após destruir e saquear fazendas e vilas, investiram contra a Vila de Caxias, que, sob a liderança civil de João Paulo Dias e do capitão militar Ricardo Leão Sabino, conseguiram resistir, inclusive com o apoio de mulheres, a quarenta e seis dias sob o cerco do bando de Raimundo Gomes.
Quando não havia mais como defender a vila, o capitão Sabino simulou haver aderido à revolta, mas disparou um canhão, causando pânico entre os balaios, o que permitiu que a vila fosse evacuada. Esta vitória animou o partido dos Bem-te-vi, que enviou emissários à capital São Luiz, pedindo a rendição ao presidente do Maranhão.
Os balaios, porém, eram desorganizados, sem unidade de comando, e perderam um de seus líderes, o Balaio, que foi atingido por um projétil atirado de seu próprio bando e morreu de gangrena. Para combatê-los a Regência enviou ao Maranhão, como Presidente e Comandante