As relações Sino-Africanas
Académicos
Curso de Relações Internacionais - Geopolítica
Universidade de Évora
ABSTRACT
Ao deter crescente parcela de poder, vinculado ao longo e gradativo processo de abertura ao exterior, a China vem merecendo estudos profundos voltados para sua ação regional e global. Nesse sentido, o nosso trabalho tem como propósito incidir nestas e nas mais diversas áreas da presença chinesa na áfrica visando mostrar dentro de uma perspetiva chinesa, a sua política para a região ditados pelos cinco princípios da Coexistência Pacífica, e as mudanças da mesma desde o processo de abertura e reforma iniciado por Deng Xiaoping e mais propriamente na viragem da política externa para a Africa através da criação de fóruns como o FOCAC sendo este com a maior relevância. Pretendemos ainda mostrar a crescente interdependência entre ambos protagonistas tanto no cenário económico como no político-militar, concluindo por fim com a visão de estados terceiros relativamente a crescente relação sino-africana e as suas consequências.
Palavras-chave:
China; África; Relações Sino-Africanas; Política Externa; FOCAC; Soft Power
INTRODUÇÃO
Já se tornou comum comentar a trajetória de transformações económicas e sociais da China ao longo das últimas três décadas. O processo de abertura e reforma iniciado por Deng Xiaoping, que permitiu ao país asiático situar-se como uma das maiores economias do mundo e projetar-se internacionalmente no plano político nos primeiros anos do século XXI, é também acompanhado por uma nova etapa na diplomacia da República Popular, marcada por movimentos de expansão e de restruturação. Desde os anos 1980, a política externa de Pequim vem se caracterizando por posições menos confrontacionais e ideológicas, mais sofisticadas e pragmáticas, mostrando mais autoconfiança e capacidade de lançar iniciativas mais construtivas sobre diversos temas e questões internacionais. Ao longo das três últimas décadas, a