AS RELAÇÕES ENTRE OS AGREGADOS MACROECONÔMICOS LOCAIS
Romualdo Kohler1
RESUMO
Este artigo procura debater se as relações entre os agregados macroeconômicos locais são as mesmas da macroeconomia nacional, em especial, no dimensionamento da poupança, do investimento, do produto e da renda locais. O questionamento aflora porque no local encontramos especificidades próprias, pelo livre fluxo de bens, serviços, rendas, capitais e fatores de produção. Estas características peculiares descortinam um cenário particular para se tratar a economia local de forma mais específica. Na reflexão, foi possível identificar diferenças fundantes entre a estrutura macroeconômica local e nacional, em especial, no trato da capacidade de intervenção do Estado na economia, pelas políticas fiscal, monetária e cambial. Além do dimensionamento do produto e da renda locais, a centralidade do debate recaiu na relação entre poupança e investimento, que, para uma economia nacional, se indica como uma identidade do investimento com o somatório das poupanças privada, pública e externa. Diferentemente, no local se desmembrou a poupança total em produtiva e financeira, configurando a identidade do investimento apenas com a poupança produtiva, sendo aquela uma variável ex-ante. Já a poupança financeira é o resultado da balança de transações correntes com o exterior, portanto também variável ex-post, e se traduz na ampliação da riqueza monetária/financeira do local.
Palavras chave: Economia local/regional, macroeconomia local e base monetária local.
INTRODUÇÃO
Conforme amplamente divulgado na literatura econômica, os conceitos da contabilidade social, de inspiração keynesiana, são mensurados através de agregados econômicos, a partir do acadêmico fluxo real e monetário. A questão que aflora é: os agregados locais têm o mesmo dimensionamento dos correspondentes nacionais?
No fluxo real e monetário nacional, os preceitos em termos de mensuração e análise dos agregados macroeconômicos, se