AS RELAÇÕES DO EDUCAR, BRINCAR E CUIDAR NA ED.INF.
Maricleide Ribeiro
A Educação Infantil deve, obrigatoriamente, ser permeada de cuidados, de ações lúdicas e prazerosas e do processo em si de ensino e aprendizagem. Toda criança precisa usufruir os benefícios emocionais, intelectuais e culturais que as atividades lúdicas proporcionam, bem como de todos os outros imbricados com o cuidar e educar. Dessa forma, vale ressaltar a importância de cada um desses segmentos que são fatores importantíssimos para o processo significativo de aprendizagens de crianças nesses períodos. Educar
O termo anglo-saxão educare compõe os termos education (educação, formação) e care (ter cuidado, cuidar, se preocupar com). Expressar conceitos tão distintos em uma única palavra é indício da grande superação em diferenciar as atividades de cuidar das de educar. Com isso, percebemos que o cuidar é intrínseco ao educar, ou seja, não existe o cuidar sem educar, pois quando estamos dando banho, dando lanche, vendo a criança brincar, enfim, estamos sim educando.
Em consonância com essa tendência, diretrizes políticas no Plano Nacional vêm sendo divulgadas pela Coordenação Geral de Educação Infantil-COEDI/MEC. Em sua versão preliminar (1993) e, posteriormente na versão definitiva, o documento Política Nacional de Educação Infantil (Brasil, 1994) apresenta a integração das atividades de cuidado e educação das crianças de 0 a 6 anos em contextos coletivos, tais como creches pré-escolas, como sendo um dos principais objetivos da ação dos profissionais de educação infantil.
Cuidar
Estudiosos dizem que o termo cuidar vem do latim cura – que em sua forma arcaica se escrevia coera -, e era utilizado num contexto relacional de amor e amizade, expressando uma atitude de cuidado, de desvelo, de preocupação e de inquietação em relação a alguém ou a algo estimado. Enquanto outros derivam cuidado de cogitare-cogitatus, apesar de seu sentido não se distanciar do de cura, isto é,