As reformas educacionais no Brasil e as implicações no trabalho docente
“As reformas afiguram-se mais como uma forma de legitimar a situação e decisões políticas e, como um ritual que justifica a existência de reformadores” (WERLE, 2010, p. 53).
Podemos ver claramente que as reformas educacionais feitas no Brasil durante o período de 1990 até os dias de hoje foram basicamente realizadas com um único e principal objetivo geral: Suprir a falta de professores paras as várias camadas da sociedade e tornar a Educação acessível para toda a população. Em um primeiro momento parece uma causa nobre e correta, porém nada foi dito sobre a qualidade dessa Educação, partindo principalmente da qualificação do próprio profissional que atua como educador dentro desse processo.
Tendo em vista que segundo Oliveira (2009, p.72) “reforma não é sinônimo de mudança, portanto definir mudança não esclarece o significado de reforma”, começamos a compreender que as políticas públicas voltadas para a educação e o sistema de formação de professores não necessariamente buscam uma mudança, mas sim uma forma de se estruturar dentro de suas possibilidades. Vemos no Brasil um governo que se ausenta da formulação de tais reformas de formação dos profissionais ficando somente responsável por estabelecer metas, objetivos e assim permitindo que os interesses destes terceiros sejam levados em consideração dentro do que consideramos como um Mercado de Ensino como colocado por Cunha (2007).
Em outras palavras tivemos a formação de um Governo que contribui com auxílios públicos e incentivos fiscais para que agentes terceirizados realizem as políticas públicas relacionadas a Educação de forma a manter o mercado consumidor de tais agentes. Esses terceiros por sua vez assumem o papel de reguladores das reformas e das políticas públicas incentivados pelo Governo, fazendo assim com que o papel deste último seja feito segundo os interesses dos próprios terceiros. O Governo no final realiza