As reformas de jango
O Presidente João Goulart chegou a presidência no Brasil após a renúncia de Jânio Quadros sob o regime parlamentarista (onde o Presidente divide com o Primeiro-Ministro a direção do governo), após uma ampla campanha conhecida como “campanha da legalidade”, comandada por Leonel Brizola; e “imposto” por alguns homens da alta esfera militar, pois Jango era tido por alguns como uma “ameaça ao país”, por ter vínculos com os partidos comunista e socialista Brasileiro. Em janeiro de 1963 acontece o plebiscito onde a população opta pelo regime presidencialista (onde o Presidente concentra o poder da direção do governo) e o Presidente agora interino, inicia uma série de reformas, as “Reformas de Base”: Imobiliária, política, educacional e fiscal.
Além da reforma urbana ainda implantada neste período por Jango, uma em especial mexeria com propriedades dos grandes latifundiários, que mantinham uma relação de “loby” com militares pertencentes ao alto escalão do governo e conspiravam pelo golpe militar: a reforma agrária. O comício realizado por Jango em 13 de março de 1964 onde explanava suas reformas, com ênfase nesta última, foi a “gota d’agua” para os grandes latifundiários e aqueles que consideravam o Presidente “simpatizante” do socialismo apoiassem o golpe militar contra o governo.
Desde 1962, quando Jango aprovara o estatuto do Trabalhador Rural, que iguala os direitos do trabalhador rural ao trabalhador urbano, muitas ligas camponesas se organizaram como sindicatos. Isso seria já o início do pensamento de Jango para as reformas e também o despertar do “fantasma do socialismo” na cabeça dos que concentravam grande parte das terras, riquezas e poder nas mãos. Mas quais foram as medidas que mais tanto incomodaram militares, fazendeiros, industrias e parte da classe média Brasileira? Abaixo alguns pontos mais relevantes da proposta da