As ra zes do movimento de inclus o
STAINBACK, S. As raízes do movimento de inclusão. Pátio, Porto Alegre, ano 5, n. 20, p.15-17, 2002.
Têm sido grandes os progressos nas áreas de diversidade e equidade, com melhores oportunidades educacionais e maior disponibilidade de informações necessárias a educadores que ensinam grupos de estudantes diversos. Entretanto, a promoção de ambientes educacionais flexíveis e sensíveis às necessidades singulares de todo aluno não é uma tarefa fácil no âmbito da educação tradicional.
"Praticamente em toda a história da civilização a educação tem sido para a elite, e as práticas educacionais têm refletido a orientação elitista" (Blankenship e Lilly, 1981). Há quase um século, houve o reconhecimento dessa situação na educação, e grupos de defensores uniram forças e começaram a se organizar para contrabalançar tal injustiça. Diversas pessoas comprometidas com o futuro reuniram-se para discutir e melhorar as oportunidades disponíveis às crianças e a todas as pessoas com necessidades e características diversas.
As mudanças na educação ao longo dos anos assumiram muitas formas e progressos graduais foram feitos. Os desenvolvimentos têm sido cada vez mais progressistas rumo a critérios educacionais e sociais mais inclusivos.
Na educação, o movimento tem-se manifestado em mudanças como: da educação dos "privilegiados" para a educação da população geral; para o desenvolvimento de classes e escolas especiais; para o enfoque nos direitos de todas as crianças de receber educação; para o reconhecimento da educabilidade e dos talentos que todos os alunos têm a oferecer às suas comunidades e aos seus pares; para o reconhecimento da necessidade de proximidade e interação entre alunos de diferentes características, sem discriminação, em ambientes escolares naturais.
As mudanças no entendimento e nos valores apresentados às crianças durante seus anos de formação em ambientes educacionais podem ter grande impacto no futuro de nossa sociedade e do mundo em que vivemos. Por