AS QUATRO CONCEP ES DO HOMEM
RESENHA:
O autor inicia seu texto propondo perguntas, baseando-se em Kant, fundamentais ao homem, cujas questionam o universo teórico, prático, metafísico e religioso que o circundam, além de propor também a definição do mesmo, que imediatamente responderia todos os outros questionamentos. Wolff limita seu trabalho à análise de apenas quatro concepções do homem, motivado pela importância teórica que estas têm sobre a história das ciências e pela dimensão prática, moral ou política delas. Ele organiza seu estudo de forma cronológica, perpassando por períodos marcantes da história do pensamento; a antiguidade, o período clássico e a contemporaneidade.
Na página 38, os estudos do autor são iniciados na antiguidade, quando Aristóteles buscava definir “o que é o homem” a partir de uma percepção essencialista. Ele questiona o que vem a ser um homem além de um ser vivo, e além de um animal, pois estes não são como as pedras e as montanhas, já que depois de morto o homem já não é mais homem, é apenas um cadáver, matéria inerte. Após esta reflexão, Aristóteles assume que o homem é constituído da junção do ser vivo, o corpo, à alma, ou espírito. Além disso, ele afirma também que todos os seres possuem uma essência própria, comum a toda a sua espécie, que seria proveniente de conceitos universais imutáveis. Desta forma Aristóteles organizou todos os seres em classes, acreditava que existiam três tipos de “fauna” em convivência no universo; os animais, os homens e os Deuses, estes últimos seriam imortais enquanto os dois outros seriam mortais. A diferenciação entre os homens e os animais, feita pelo filósofo, se baseia na obtenção do logos, por parte dos homens, que vem a ser o poder de comunicação junto ao poder de raciocínio. A partir da observação do modo de vida em comunidade, dos animais e dos homens, Aristóteles sugeriu uma classificação que os diferenciaria e automaticamente o levaria para muito próximo da sua definição