As propostas de interpretação social de Marx, Weber e Durkheim
Seu método, o materialismo dialético histórico, possui um nome bastante auto-explicativo. Materialista, no caso, por analisar concretamente a posse dos meios de produção, desde a terra até as fábricas. Ao se averiguar a posse desses meios, atinge-se a infraestrutura do sistema social analisado; em outras palavras, a sociedade se movimenta unicamente através de sua organização econômica. Toda realização não econômica pertenceria à chamada superestrutura do sistema, que é mero suscitar político, social e cultural das relações de produção. Em outras palavras, há uma determinação econômica da sociedade e do indivíduo perante as relações de produção, divididas em classes econômicas.
Ainda no método, Marx classifica-o como dialético por crer que a sociedade se dividirá até o final da história em duas classes principais, que estão em constante conflito. Uma delas, detentora dos meios de produção, possui o poder político, econômico e intelectual de seu tempo, ditando as regras de toda sociedade até então erigida. A outra classe seria aquela que se submete à primeira, não possuindo os meios de produção, consequentemente não possuindo força política de contestação (pertencente à superestrutura). Claramente, a classe dominante possui menos membros do que a dominada, e por isso precisa erigir toda uma estrutura de dominação, que vai do convencimento físico ao cultural (ideologia). Nesse caso, a religião entraria como parte da superestrutura de dominação da classe dominante.
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