As pressões inglesas pelo fim do trafico
Até o século 18, a Inglaterra obteve imenso lucros com o comércio internacional de escravos. A situação mudou quando o Parlamento britânico aboliu o tráfico de escravos para as colônias inglesas. A política inglesa de combate ao escravismo tem 3 explicações:
1) A Revolução Industrial inglesa resultou no aumento extraordinário da produção de mercadorias. Com o fim do trafico nas colônias, os proprietários poderiam investir na obtenção de produtos ingleses os recursos que antes eram aplicados na compra de escravos.
2) Nos domínios britânicos na África do Sul, a venda de negros para os traficantes afetava as atividades econômicas locais, que ficavam carentes de mão-de-obra.
3)Nas Antilhas britânicas, o fim do trafico obrigou os proprietários a empregar assalariados nos engenhos de açúcar antilhano tornou-se mais caro que o brasileiro, que continuou sendo produzido por escravos.
Lei Eusébio de Queiroz:
Em 1831, aprovou-se uma medida para validar um tratado entre Brasil e Inglaterra pelo fim do tráfico negreiro . Mas Traficantes e proprietários ignoraram a lei. O tráfico continuou em ritmo crescente, muitas vezes com a colaboração das autoridades. Em 1845, o Parlamento britânico autorizou a marinha inglesa a tratar os navios negreiros como piratas, apreende-los e julgar os responsáveis em tribunais da Inglaterra. Mais de 600 navios foram apreendidos pelos ingleses depois de 1845. Em 1850 foi aprovada a lei Eusébio de Queiroz, que proibia definitivamente o tráfico de escravos para o Brasil. A entrada de africanos escravizados no país diminuiu rapidamente, até desaparecer na década de 1860.
O fim do tráfico e seus efeitos:
Com a proibição do tráfico internacional, os cafeicultores e outros fazendeiros tiveram que recorrer ao tráfico interno. Proibido o trafico, os capitais antes aplicados na compra de escravos foram deslocados para outras atividades. Ocorreu assim um incremento das indústrias, das ferrovias, da