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É improvável, senão impossível, que a sociedade contemporânea permaneça indiferente ao novo lançamento de um produto internacional, ou à época de liquidações nos “shopping centers”. O consumismo parece inevitável nos dias de hoje, mas, da forma desenfreada com que vem se desenvolvendo, pode representar perigo extremo às pessoas e à natureza.

Atualmente, observa-se uma contradição: o homem tenta se afastar da condição de “primata”, com muitos estudos e tecnologia, porém age como tal ao praticar o “capitalismo selvagem”, conforme diz a música “Homem Primata”, da banda Titãs. A concorrência é tamanha que os novos produtos possuem cada vez mais utilidades, e são substituídos em um espaço de tempo cada vez menor. Muitas empresas modernas já investem na chamada “obsolescência programada”, segundo a qual a produção tem uma curta “data de validade”, o que obriga o consumidor a comprar a nova geração do produto assim que é lançada. Outro estímulo ao consumismo, a compra pela internet, é próprio da atualidade. Da própria casa, o indivíduo é capaz de encomendar desde alimentos e roupas até eletrônicos de alta tecnologia, estes últimos muitas vezes por um preço generoso em sites de leilão pela internet, como o “Ebay”.

As facilidades propiciadas pelo mundo atual ao consumo são inegáveis. No entanto, isto não justifica a forma danosa ao meio ambiente e aos valores da sociedade com que o comércio vem sendo tratado. Para o Planeta Terra, são evidentes os problemas ambientais causados pelo excesso do consumo. Dentre eles, o principal é a poluição, tanto pelo excesso de lixo gerado pelos consumidores, como também por parte das indústrias produtoras, muitas vezes desprovidas de consciência ambiental em detrimento da produção barata e em grande escala. Além dos danos aos ecossistemas terrestres, o consumismo também possui consequências gravíssimas para a mentalidade da sociedade contemporânea. Progressivamente, atribui-se um maior valor aos bens materiais, que se