As Origens da França Conteporânia
Paris: Robert Laffont, 1986, 2 vols.
Obra original de 1875, trecho do prefácio, tradução do professor Elias Tome Saliba.
Objetivo:
Trazer a geração do autor, em 1875, o conhecimento da importância que a revolução francesa teve na formação da França conteporânea.
Argumentos/Tópicos:
No fim do século XVIII a França passou por intensas revoluções, no início com aspecto de retrocesso, porém, depois com aparência de renascimento. Através de intensas mudanças interiores sua nova estrutura é feita. Em 1808 as mudanças estão terminadas, tendo suas instituições e classes sociais definidas e estabelecidas, tudo em meio a nova mentalidade que agitaria os pensamentos e ações das gerações presente e futuras.
Conclusão:
Entre o fim do século XVIII e o ano de 1808 intensas mudanças alteraram profundamente a estrutura política e social da França. Desde então a forma de mentalidade e as ações tem seguido as padrões definidos e até o período destacado pelo autor.
O ídolo das origens – Marc Bloch
Segundo Renan: “Em todas as coisas humanas, as origens em primeiro lugar são dignas de estudo.” E Sainte-Beuve antes dele: “Espio e observo com curiosidade aquilo que começa.” Marc Bloch deixa claro o papel e ai importância de se conhecer as origens, até para que se defina um ponto de partida para o estudo, porém alerta para o risco de se confundir filiação, origem como ponto de partida, com explicação, no sentido de única causa para que se chegue a um estudo futuro. No texto “As origens da França contemporânea”, o autor coloca a revolução francesa como única causa para o estado presente da França em 1875, desprezando todo o conjunto de fatos que constituíram o processo entre 1808 e 1875. Os fatos são parte de um processo na construção de movimentos sociais, reformas, da própria história – história processual.