As novas abordagens no ensino da literatura brasileira
1. Justificativa
A razão que nos moverá a pesquisa, ora proposta, reside na necessidade de encontrar novas abordagens no ensino de literatura, na tentativa de sanar possíveis ineficiências no processo de ensino/aprendizagem dos alunos do Ensino Médio, que na prática, tem tido dificuldade com leitura e interpretações dos textos literarios, como pôde ser constatado na pagina eletrônica do INEP (Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), nos resultados do exame de avaliação, tal como o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), no ano de 2000, por exemplo, verificando os dados podemos perceber que os alunos não se saíram bem quando a resposta exigia níveis mais elevados de leitura e compreensão dos textos, isto é, quando iam além da mera busca de informações explícitas no texto; assim como: contexto histórico e características peculiares a uma determinada fase cronológica da literatura. Sendo assim, podemos constatar que há uma necessidade de transformação no ensino da literatura, já que a maneira habitual de ensino por meio da historiografia literária tem sido ineficiente na aprendizagem. Para Zilberman, o ensino historiográfico consiste principalmente na assimilação, pelo aluno, da tradição literária, patrimônio que ele recebe pronto e cujas qualidades e importância precisam aceitar e repetir. Nesta concepção o ensino baseia-se na atitude meramente passiva e reprodutora diante de um texto, convertendo a literatura em história cronológica, com listas de nomes de obras, autores, estilos, períodos e escolas, direcionando o ato educacional para um armazenamento de informações. (ZILBERMAN, 1990) De uma maneira mais ampla, podemos dizer que a literatura é a arte manifesta por meio da palavra escrita ou falada, onde o ser humano parte sempre, e todas suas ações o dirigem para tal caminho, em busca da liberdade. Para Roland Barthes “a literatura é a utilização da