As moscas - análise do livro jean paul sartre
As moscas é uma peça teatral escrita por Jean-Paul Sartre, apresentada pela primeira vez no ano de 1943, no período em que a França era dominada pelas forças nazistas. A peça é dividida em três atos e traz reflexões sofre a dominação nazista, sentimento de remorso e sobre a liberdade do Homem.
Enredo
O enredo de As moscas baseia-se numa lenda grega: Orestes – filho de Agamêmnon, rei de Argos – volta do exílio; seu objetivo é vingar a morte do pai, assassinado 15 anos antes por sua mãe, Clitemnestra, e pelo amante desta, Egisto – que após o crime enviaram-no para o degredo e transformaram sua irmã Electra em escrava.
Principais Personagens
Júpiter: Deus das moscas e da morte (Representa o braço eclesial na ocupação nazista)
Orestes: Filho de Agamêmnon, antigo rei de Argos com Clitemnestra (Orestes simboliza o resistente, o homem comum que “se escolhe herói”, sendo impulsionado à ação por um inconformismo juvenil que aprende com sua irmã Electra)
Egisto: Novo rei de Argos, um dos assassinos de Agamêmnon (É a figura do Ocupante – Regime Nazista)
Clitemnestra: Esposa de Agamêmnon, amante de Egisto, co-autora do assassinato do rei e atual rainha de Argos. (Representa os colaboracionistas franceses – pró Hitler - na ocupação dos alemães)
O Pedagogo: Preceptor (mestre) de Orestes
Electra: Irmã de Orestes, filha de Agamêmnon, escravizada por Clitemnestra e Egisto
Erínias: As moscas (Representam os nazistas ocupantes)
Primeiro Ato
O primeiro ato da peça As moscas é dividida em 6 cenas. A história começa com a chegada de Orestes à cidade de Argos, antigo reino de Agamêmnon, atualmente sob o comendo de Egisto e Clitemnestra. Orestes chega acompanhado de seu mestre de criação denominado “Pedagogo”. A dupla encontra-se com Júpiter, Deus das Moscas e da Morte que não revela sua identidade. Nestas primeiras cenas, o contexto da história é apresentado, Orestes fala sob a morte de seu pai, como poderia ter sido sua história se Agamêmnon não tivesse sido