As manifestações no Brasil, cidadania e a (re) construção da democracia
O ser humano é gregário, sempre se movimenta e se comporta em grupos, seja através das tribos, muito comuns na juventude, ou através da identidade regional ou nacional.
As
características e objetivos convergem nos atrai ao outro para que juntos, possam alcançar aquilo que almejam em comum.
As
atuais
manifestações
nos
demonstraram
esta
característica, antes apresentada quando ligado ao esporte (como as torcidas nas arquibancadas).
Hoje nos mostra que o desejo por
melhorias na vida faz parte de uma pauta comum da população.
O que começou pela baixa do preço do transporte público adquiriu novos contornos, com a pluralidade dos protestos. Agora se discute o poder investigativo do Ministério Público, a corrupção, a copa do mundo no Brasil e as melhorias nos serviços prestados.
Questiona-se muito esta mudança radical na postura da população brasileira, falar em mobilizações com milhares de pessoas nas grandes cidade de norte a sul parecia piada há alguns meses e hoje nos é a realidade.
Esta nova postura social vem da evolução do nosso comportamento social, onde as facilidades de comunicação ampliaram nossa capacidade de opinar sobre a administração pública. Esta facilidade de comunicação mudou radicalmente a forma de participar do governo, tornando pessoal a participação da sociedade no governo.
O sistema atual brasileiro de representação política não reflete mais o conceito de direito político proposto por Marshall, a medida que as ideologias tem sua importância diminuída pelos partidos políticos, como por exemplo, partido de direita com nome de social democrata, que é uma corrente esquerdista.
Também o sistema indireto de participação popular não atende mais seu proposito a medida que o legislativo não representa mais a comunidade que o elege, com deputados que chegam a dizer que
“estão se lixando” para a opinião