As incoerências da classificação de palavras impostas pela gramática normativa e o ensino de língua portuguesa
Rita de Cássia Castro²
RESUMO: O foco deste trabalho é o estudo minucioso da classificação de palavras imposta pela Gramática Normativa (GN), bem como questionar sua supremacia no ensino de língua portuguesa. Assim, pretende analisar o impacto dessa metodologia na assimilação dos conteúdos transmitidos, em sala de aula, para alunos da educação básica. Para tal, conta com a aplicação de questionários para estudantes do 5° ao 8° ano do ensino fundamental e do1° ao 3° ano do nível médio. Propõe, ainda, uma discussão sobre o uso exclusivo de gramáticas tradicionais para nortear alunos e professores no estudo da língua portuguesa, estabelecendo um paralelo entre a imposição normativa e a visão descritiva do funcionamento da língua. Tem como ponto principal de discussão a classificação imposta pela Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) e contestada por vários teóricos. Com base nos estudos de Monteiro (2002), Mattoso (2007), Perini (2008), entre outros, este estudo visa buscar alternativas para que o ensino da língua portuguesa se torne menos complexo e mais objetivo, proporcionando aos estudantes maior aprendizagem e menos desinteresse pelas questões inerentes a sua língua materna. Portanto, sugere que o estudo gramatical seja vinculado a linguística, já nas séries iniciais da educação básica. Isto permitirá que o aluno desenvolva uma visão crítica a respeito dos conteúdos transmitidos e tornará o ensino gramatical mais prático e menos prolixo.
PALAVRAS-CHAVE: Linguística, Gramática, Ensino, Classificação e Incoerência.
¹ Acadêmica do Curso de Letras, com habilitação em Literatura, da Universidade Federal de Roraima