As grandes cidades e a vida do espiritoo
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O texto fala , da relação entre o indivíduo e a metrópole, da influência da grande cidade moderna na personalidade e na vida mental dos seus habitantes. Também da questão que a economia do dinheiro provoca uma personalidade urbana caracterizada pela reserva, desconfiança e insolidariedade. No campo há uma vida psíquica diferente da cidade, no campo predominam os costumes, o ritmo lento, a emotividade e o sentimento. Nas cidades há uma mudança constante e um ritmo febril. A cidade exalta a liberdade do indivíduo face aos grupos de pertença. A sociedade parte da interação entre os indivíduos e comporta uma distinção entre forma e conteúdo. Nesta concepção, os indivíduos tendo diversas motivações (paixões, desejos, angustias etc) conteúdos da vida social, interagem a partir delas e se transformam em “uma unidade”, a vida aparece como a fonte de energia que alimenta as relações de troca dos elementos.O dinheiro é apenas um sinônimo da necessidade urgente de encontrar-se um denominador comum em meio a uma rede de meios que se torna cada vez mais complexa. Com o aparecimento das economias monetárias, os objetos perdem, pouco a pouco, o seu significado subjetivo, pessoal, individual. Essa experiência societária mostra que toda uma estrutura de meios converte-se não apenas num passo intermediário entre o desejo e sua satisfação, mas no cerne da vida social.
Na passagem do sentimento íntimo individual à interação social está em jogo também uma mudança de tonalidade, de cor, de nuanças. A relação dos homens converteu-se em relação dos objetos. Neste sentido, a troca é a conversão em objeto da capacidade de reciprocidade dos homens. A gratidão inverte o sentido desse movimento, voltando-o para o interior dos homens, como "resíduo subjetivo" do ato de receber e dar. Simmel a vê como uma "memória moral da humanidade”, uma ponte que a alma sempre encontra para aproximar-se do outro ao mais leve estímulo, insuficiente talvez para gerar por si uma nova ponte. Ao fazê-lo, a